Cleva Insights

Evolução tecnológica nas seguradoras e arquitetura de sistemas

António Cruz

Business Lead

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In a world of constant technological evolution, insurers face the challenge of keeping up to date to meet the increasingly specific needs of their clients and remain competitive. This updating is based on several pillars, one of the main ones being the architecture of computer systems, which can either favour or hinder technological transformation. In this article we explore how the modernisation of this architecture can create opportunities for innovation and efficiency within insurance companies, while identifying some of the challenges related with legacy systems.

A arquitetura de sistemas informáticos contempla um conjunto de estruturas e componentes informáticas numa organização que não apenas determinam como os sistemas funcionam, mas também influenciam a capacidade de adaptação às mudanças tecnológicas e de negócios. Nas seguradoras, essa arquitetura representa um papel crucial, tanto na prestação de serviços como na gestão de riscos, sendo um fator crítico para o sucesso.

Os sistemas legacy estão geralmente associados a tecnologias antigas, obsoletas e mais difíceis de manter. Estes sistemas representam alguns desafios para as seguradoras no contexto da transformação tecnológica. Porém cada desafio pode também representar uma oportunidade de melhoria e evolução, nomeadamente nos seguintes aspetos:

  • Falta de agilidade – Os sistemas legacy são mais inflexíveis e geralmente não estão preparados para lidar com mudanças rápidas associadas a necessidades de negócio. A adoção de arquiteturas informáticas mais modernas, como por exemplo microservices e armazenamento/computação na cloud, pode agilizar essa adaptação. Adicionalmente, os sistemas baseados em soluções mais recentes garantem uma maior autonomia na configuração de produtos e regras de negócio, reduzindo desta forma o time to market.
  • Complexidade de integração – A integração de novas tecnologias com sistemas legacy pode ser mais demorada e complexa, atrasando a inovação tecnológica, por exemplo, associada ao contexto da crescente demanda por soluções com integração através de APIs e web services, que geralmente têm funcionalidades orientadas para sistemas e tecnologias tendencialmente atuais. Estas soluções reduzem a dependência de integrações ponto a ponto e facilitam a interoperabilidade entre sistemas.
  • Custos de manutenção – A manutenção de sistemas legacy pode tornar-se dispendiosa, consumindo tempo e recursos que poderiam ser direcionados para a inovação. Esta modernização pode também estar associada à necessidade de evolução dos sistemas das empresas prestadoras de tecnologia, em particular do sistema Core. Neste âmbito, as empresas prestadoras de tecnologia podem prestar um apoio importante, garantindo a integridade dos dados em caso de evolução dos sistemas e a funcionalidade das soluções.
  • Riscos de segurança – Os sistemas legacy podem ter uma maior vulnerabilidade de segurança, em particular num contexto de inexistência de atualizações regulares. Os sistemas informáticos mais atuais possuem soluções de autenticação e segurança mais robustas, que permitem reduzir o risco e a exposição a um ataque cibernético.
  • Atraso na adaptação à GenAI – A inteligência artificial generativa é já uma presença ubíqua com um potencial muito significativo para influenciar o nosso dia-a-dia. Associada ao negócio dos seguros, a GenAI pode criar grandes desafios para a eficiência e competitividade das seguradoras, através por exemplo da fraude e manipulação, incluindo a falsificação de documentos e criação de eventos fictícios. Porém, pode também ajudar as seguradoras em diferentes contextos, como numa maior agilidade na subscrição e eficiência no pricing, melhor serviço ao cliente, simplificação no acesso à informação e aos processos de negócio em tempo real, deteção avançada de fraude, políticas e privacidade e segurança de dados, assim como na governança e compliance.

De forma a promover a evolução tecnológica e a modernização da arquitetura de sistemas nas seguradoras existem várias estratégias que podem ser adotadas, entre as quais salientamos:

  • Avaliação das necessidades, com identificação das principais lacunas e desafios nos sistemas existentes e definição dos requisitos para uma arquitetura informática moderna.
  • Abordagem incremental, através de uma mudança gradual, iniciando em áreas e sistemas de menor risco operacional.
  • Padrões e práticas atuais, tanto no contexto da arquitetura como no desenvolvimento de software, como por exemplo DevOps e Continuous Integration/Continuous Deployment, de forma a aumentar a eficiência e qualidade, assim como a integridade dos dados e o correto versionamento.
  • Parceria estratégica com o fornecedor de tecnologia, de forma a garantir o melhor suporte e os meios para garantir uma evolução tecnológica positiva e com benefícios tangíveis.

A arquitetura de sistemas informáticos desempenha um papel estrutural na capacidade de as seguradoras se adaptarem à necessidade de inovação tecnológica, num mercado em constante mudança e suscetível a eventos de grande escala com impactos imediatos. A modernização dessa arquitetura apresenta desafios significativos, em particular num contexto de existência de sistemas legacy, mas também oferece oportunidades às seguradoras para melhorias na agilidade, eficiência, segurança e no serviço ao cliente, de forma a garantir a competitividade no imediato e a sustentabilidade a longo prazo.

Quais são as novidades?

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Quais são as novidades?

Num mundo em acelerada mudança, a tecnologia é um meio incontornável em qualquer setor de atividade mas não é nunca um fim em si mesma. Quando a tecnologia não evolui para acompanhar a mudança no contexto do negócio, em particular na indústria seguradora, o tempo poderá ditar que esta se torne um fim, pela criticidade que os riscos operacionais, não tratados no momento certo, poderão representar.

As seguradoras enfrentam o velho desafio de se renovarem ou morrerem para satisfazer as necessidades cada vez mais específicas dos seus clientes e se manterem competitivas. Um dos pilares desta atualização é a arquitetura dos sistemas informáticos, um verdadeiro cavalo de batalha, que pode trazer inegáveis vantagens competitivas... ou o oposto.

Na corrida para o futuro, o setor de seguros está a trocar a sua armadura tradicional por um fato à medida da inovação. Estamos a deixar a era das participações cheias de pó, formulários para preencher, inúmeros processos manuais fragmentados, etc., etc., para entrarmos na nuvem e na inteligência artificial, onde os dados fluem como a eletricidade e se tomam decisões a toda a velocidade. Neste cocktail de inovação e tecnologia encontramos diferentes ingredientes...

A Cleva dedica-se ao desenvolvimento de soluções core que impulsionam a transformação digital do setor segurador, através de uma plataforma integrada abrangente, com total cobertura funcional, que inclui desde a gestão de apólices até à gestão do risco e ao serviço de apoio ao cliente.

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